sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Mesas com Rosas frescas




Outono amarelo, que te tornas intermitente verão.
As secas dos meus sonhos arrastam teu cadáver,
e lembrando um outubro de espinhos eternos,
falas e falas com teu ventre cheio de março.

Impudicos jardins deixam desnudas suas plantas!
Outono que não é outono…máscara do verão!

Peito de sombra! , caucasiano rosto apaixonado.
Por que me olhas sem olhos, por que tocas sem mãos,
por que me beijas sem lábios,
por que vais embora sem distância?.

Baixa de teus cantos ostra de minha esmeralda!
Ruelas de sonhos quebrados, invenções dos meus fantasmas.

Mesas com rosas frescas luzem nos mercados,
vendem flores feiticeiras para minhas ânsias.

Espírito de guerrilhas, braço armado de minha alma,
Por que não paras a guerra?
Meu coração está esgotado de tanta e tanta palavra.

Walter Faila